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Suplementação com betaglucana na prevenção de infecções respiratórias

As doenças do trato respiratório superior figuram como as mais comuns entre as pessoas, sobretudo, idosos. Atualmente, não há uma estratégia específica para o combate da doença, e, por sua vez, a variedade de patógenos dificulta o desenvolvimento de vacinas.

Ao invés de recorrer ao uso de antibióticos, com o risco no desenvolvimento de resistência bacteriana, torna-se cada vez mais necessária a criação de estratégias para prevenir e minimizar os efeitos desse tipo de infecção. Além disso, a modulação de neutrófilos e macrófagos, células que formam nossa linha primária de defesa, também, pode contribuir para reduzir a incidência de infecções respiratórias. Uma das alternativas não medicamentosas para fortalecer o sistema imune é pela suplementação com betaglucana.

Com tal perspectiva, um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controle foi realizado por Fuller et al. (2017) com o intuito de avaliar os efeitos da suplementação diária com 1,3/1,6 betaglucanas, provenientes da parede celular de Saccharomyces cerevisiae, na melhora da infecção do trato respiratório superior em idosos. Foram selecionados 100 idosos saudáveis, entre 50 e 70 anos de idade, com pelo menos um autorregistro de doença do trato respiratório superior num período de 12 meses. Estes indivíduos foram separados em dois grupos, de modo que o grupo tratamento recebeu 250mg de betaglucanas, uma vez ao dia, durante 90 dias; o grupo controle, por sua vez, recebeu uma cápsula de farinha de arroz idêntica à suplementação com betaglucana pelo mesmo período de tempo.

Amostras de saliva e sangue foram colhidas no início do estudo, após 45 dias e, novamente, após 90 dias. A presença ou ausência de sintomas de infecção no trato respiratório superior foi registrada em um diário de saúde, de acordo com as seguintes categorias: “1” para ausência de problemas de saúde no dia; “2” para sintomas de resfriado; “3” para sintomas de gripe. A presença de dois ou mais sintomas de quaisquer categorias, por dois dias consecutivos, acionava uma chamada presencial ou via telefone para confirmação dos sintomas de infecção do trato respiratório. Ademais, os pacientes foram instruídos a completar o questionário “Wisconsin Upper Respiratory Tract Severity Score 21 (WURSS-21)” para cada dia sintomático.

Os resultados evidenciaram que a suplementação se mostrou bem-tolerada pelos participantes. Além disso, houve uma tendência à diminuição tanto de dias quanto de episódios da doença entre os participantes suplementados com betaglucanas. No entanto não houve diferenças quanto à severidade dos sintomas. Nesse sentido, a suplementação pode influenciar na prevenção de infecções do trato respiratório superior, bem como na rápida resolução desta. Postula-se que diferenças na resposta da imunidade inata podem estar relacionadas aos resultados observados.

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