Óleo de prímula ajudam nas ondas de calor da menopausa
O período da menopausa é caracterizado por uma condição natural do envelhecimento, em que o ovário interrompe a produção de óvulos e produz menos estrogênio e progesterona. Nesse período, é comum as mulheres sofrerem desequilíbrios hormonais, resultando, principalmente, em fogachos, osteoporose, depressão, fadiga e até mesmo doenças neurodegenerativas e cardiovasculares.
Os fogachos ou ondas de calor são queixas referidas por mulheres durante a transição climatérica. Esses sintomas são caracterizados por períodos transitórios de intenso calor na parte superior do corpo, braços e principalmente face, associados ao enrubescimento da pele e sudorese. As ondas de calor podem apresentar impacto negativo na qualidade de vida, comprometendo significativamente o sono adequado e causando fadiga, irritabilidade e desequilíbrio físico e mental.
Para comprovar a eficácia do óleo de prímula, um ensaio clínico randomizado (2013) foi realizado com total de 56 mulheres na fase da menopausa (idades entre 45-59 anos), durante 6 semanas, com objetivo de comparar os efeitos do óleo de prímula na melhora de ondas de calor. A metodologia do estudo foi por meio de questionamentos quanto às características de ondas de calor das participantes, em que responderam a um questionário chamado HFRDIS (escala de interferência diária relacionada a flash quente) antes e após a intervenção. Foram aleatoriamente designadas para ingerir duas cápsulas por dia (90 cápsulas durante 6 semanas) de placebo ou 500mg de óleo prímula.
Os autores observaram, após o período de intervenção do estudo, uma melhora na frequência de flash de calor, gravidade e duração dos fogachos, trazendo benefícios às atividades sociais. Segundo os resultados, a aplicação de óleo de prímula oral pode diminuir a intensidade de ondas de calor em mulheres na menopausa.
Referência
FARZANEH, F. et al. The effect of oral evening primrose oil on menopausal hot flashes: a randomized clinical trial. Arch Gynecol Obstet, v. 288, n. 5, p. 1075-1079, 2013.